domingo, 18 de julho de 2010

Seja homem, pare de ligar

Não a homem rompedor de laços que não verse automaticamente em calhorda, patife, canalha, pelintra. É a sina nossa.
Alguém precisar executar o árduo trabalho de defender o homem, o vulgo cafajeste. A palavra “homem”, eufemismo pleonasmo para calhorda, patife, canalha, pelintra  e todos esses adjetivos que elas ouvem nas novelas, são usados na designação de toda aquela  cujo único defeito é não ter aprovado logo após provar.
Como a tarefa e praticamente impossível (já posso ouvir os mo chochos), vou usar a fabula. Vamos a fabula por mim mesmo construída. É sapato. E mulheres. E homens também. E sobre prova antes de sair desfilando com eles por ai, em shoppings, jantares na casa do chefe, na lancheria da esquina, no aniversário do seu priminho e avenidas.
Quantos pares de sapatos têm um exemplar másculo durante a vida? Vinte no máximo. Homens escolhem bem seus pisantes, provam dez vezes antes de passar no caixa. Se ele sai na sacolinha de braço dado com o homem, era então o sapato certo. É o homem que escolhe o sapato. E o ama, pro resto da vida, até que a sola desgrudando os separe. Os homens são muito mais fieis. 
Passe perto da uma loja de sapatos feminina. Olhe a moça do caixa escancarada pelo o chão limpando o suor com a manga e arrependida do "posso ajudar?". Ninguém pode mocinha. É o sapato que escolhe a mulher. Ela tem 51 modelos da mesma cor, todos pendurados numa sacola do lado de fora do apartamento, todos com parcelas a vencer a cada dia 10. Mas elas levam, não tem jeito.
Sim, é esculpidamente igual àquele modelo de 2003, mas esse ta na moda sabe? lá saem elas com o milésimo calçado a ser usado no chá de frauda da sobrinha antes de cair no ostracismo. Elas não amam o sapato, amam a impossibilidade de possuí-lo. Por isso o compram, pra provar que são capazes de te-los, que são amicíssimas do Alexandre "sei lá o que", que são bem quistas pelo o sapato. Irrefutável prova: você não ouvirá de um homem "sabe, cara, esse sapato levantou minha autoestima". Não, sapatos são sapatos para homens. 
Moral da fábula: Se uma mulher não consegue compra um sapato novo (caro, obviamente) sabe pena de almoçar no sopão dos pobres até o fim do semestre, este sapato é automaticamente feio, bobo e chato. É cafajeste. Captou amigo? Por mais sincero, honesto e articulado que você seja jamais saíra louvado de um tico-tico no fubá. Os homens têm todos os direitos sabidos, menos o de não gostar.
Poxa vida, dizem que homem verdadeiro liga, chama pra uma café e a faz chora em publico depois de dizer que o problema é ela e a quantidade de pó que passa no rosto. Não a homem rompedor de laços que não verse automaticamente em calhorda, patife, canalha, pelintra, É a sina nossa.
É por isso que nunca termino um casinho. Simplesmente desapareço. Assumo logo a responsabilidade pela a falência. É preciso ser muito homem pra nunca mais liga. Antes de eu ser taxado de cafajeste, que ela descobriu que seu papo me faz ter vontade de tocar uma daquelas vuvuzelas no meio da pizzaria. É ate altruísta da minha parte. O meio mais eficaz de abandonar uma mulher é ser abandonado por ela. Os sapatos que o digam. 

2 comentários:

  1. ri horrores com o teu texto,
    fantásticooOOOO
    pq de fato um cara soh abandona um sapato qdo ele tah nas ultimas
    ja nós, mulheres, não resistimos à uma vitrine
    =/
    mas pq somos mais consumistas nao ker dizer que nao sejamos sensíveis.
    e nem todas sao dramaticas e gostam de cenas....
    ainda acho q a melhor forma de terminar eh cara a cara, num local reservado, pra evitar constragimentos, fui

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